
Funcionria de creche pegou a criana pelo
brao e a jogou no tapete com fora. |
|
Um ano apsgravar
o filho sendo agredido na CrecheMunicipal Ferdinando Mechioretto, em Porto
Ferreira, Maurcio Pissinatti afirma que a famlia superou o episdio, mas ainda
no perdoou a monitora flagrada nas imagens e presa por conta das agresses.
"Isso a gente no consegue", disse ele nesta quarta-feira (2).
Pissinatti contou que, na
poca em que o caso veio tona, a psicloga explicou que seu filho no
guardaria lembranas da violncia e ele acredita que, de fato, foi o que
ocorreu. Hoje com 2 anos e 5 meses, o menino tem um sono tranquilo e no
se fecha quando um adulto se aproxima.
"Ele se recuperou.
Aqueles medos, aquelas coisas ele no tem mais. Ele acordava noite
gritando, a gente chegava |
perto dele e ele se
defendia, dava a impresso de que apanhava de cima para baixo, isso no
tem mais, acabou. Ainda bem".
O pai contou que o filho
ficou na creche at o fim do ano e, no incio de 2015, mudou de unidade
para que ficasse mais fcil haver um familiar para busc-lo. Disse ainda
que o pequeno se relaciona bem com os novos professores, monitores e
colegas.
CMERAS
- Pissinatti afirmou que um fator importante para que a famlia
superasse o ocorrido foi ainstalao de cmeras em todas as creches da
cidadee entende que foi a cobrana feita na poca do vdeo que levou ao
uso da tecnologia.
"Agora, se voc tem
alguma dvida ou imagina que pode estar acontecendo algo, s ir at a
secretaria de Educao e eles mostram as imagens, bem aberta essa
parte", disse. "Isso eu acredito que seja bom at para os professores
porque, se acontecer alguma coisa, se eles forem acusados de alguma
coisa, eles tm provas tambm".
Outra consequncia do
caso, para o pai, o exemplo de que agresses podem levar a uma
punio. A monitora foi detida pouco tempo depois da divulgao do vdeo
e segue presa em Ribeiro Preto. "Pode servir para quem est fazendo ou
quem pensa em fazer. Tem gente que confia na impunidade", alegou.
"Quando soube, pensei em
partir para a violncia, mas fui me aconselhar com familiares e eles me
aram que isso seria errado. Disseram: Voc vai curar um mal com
outro mal'. E a eu pensei: No posso fazer isso, Fui secretaria de
Educao, Conselho Tutelar, polcia, fizemos o boletim de ocorrncia,
no fizemos nada fora da lei. Vieram vrias pessoas at a porta de casa
dispostas a 'fazer Justia', mas eu no permiti, eu no ia pr tudo por
gua abaixo, n?".
ENTENDA O CASO
- No dia 2 de setembro de 2014, uma funcionria da Creche Municipal
Ferdinando Mechioretto foi filmada agredindo alunos de 1 e 2 anos. As
imagens foram gravadas por Pissinatti, que colocou uma cmera escondida
na mochila do filho por desconfiar de atitudes da monitora e de
determinadas reaes da criana. No vdeo, possvel ver
a mulher puxando um menino pelo brao e jogando o garoto com toda fora
no tapete. Depois, ela bate em outro estudante, o sacode violentamente e
o coloca de castigo na parede.
As agresses ganharam
repercusso nacional. A monitora foi presa,a diretora e a supervisora
|
 |
da
unidade foram exoneradase, sete meses depois,a istrao
municipal instalou cmeras nas 10 creches da cidade. |
*Fonte: G1/So Carlos
|