O ato se deu na tarde do ltimo domingo, dia 03, com trajeto
iniciado na Praa do Lago, culminando com o trmino na Praa
Baro do Rio Branco (Jardim Velho). No local do acidente, houve
uma parada da manifestao para a realizao de oraes e mais
homenagens com flores e bales.

Com a presena
de familiares e amigos, a caminhada teve o objetivo de chamar a
ateno das autoridades e da populao de um modo geral, sobre a
necessidade de alteraes, no apenas de alteraes fsicas e
sinalizaes de ruas, mas da mudana de postura por parte dos
condutores. Nilson de Souza Augusto, 58, auxiliar de escola, o
pai de Matheus e tambm de Renan, de 22 anos. Ele tem a
convico de que, quem matou o seu filho no foi o trnsito
descalvadense, mas a falta de experincia e talvez a negligncia
de quem estava no volante.

O que matou o
Mateus no foi o trnsito, mas a falta de conhecimento do
motorista. A maneira como aconteceu o fato prova isso. No foi o
carro que o matou, mas quem estava atrs do volante, acredito eu
por falta de experincia, negligncia. Isso sim acabou levando
o nosso filho, disse reportagem do DESCALVADO NEWS.
Segundo o senhor
Nilson, que motorista h vrios anos, ele tem visto coisas
no trnsito local que o tem deixado temeroso e preocupado. Na
sua opinio, h que se ter uma ateno maior, no apenas com o
trnsito, mas sobretudo com a educao que dada ao motorista.
Quem sabe
agora, com as eleies, as autoridades focam um pouco mais no
trnsito e principalmente no ensino, porque tem motorista que
no tem culpa de como est sendo habilitado, talvez no esteja
tendo orientao adequada. As ruas no matam as pessoas. Quem
matam so os motoristas. J est havendo uma movimentao para
que a rua onde meu filho morreu, seja alterada a via de direo.
Eu particularmente entendo que a rua no tem nada a ver com
isso. Se ela for contramo, os motoristas vo continuar entrando
na contramo, ponderou. |
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Ele, que reside
na rua 22 de abril, citou que a alterao na via de direo
feita na referida via, de nada adiantou e que testemunha
frequentemente os motoristas adentrando na contramo. Nilson
insiste que primordialmente h que se orientar o motorista e
implantar fiscalizao para ver o que o est acontecendo de
errado. Se for diferente, ele entende que pessoas vo continuar
morrendo em acidentes.

Espero que
ningum e por isso! terrvel a dor de voc perder uma
pessoa que at uma hora atrs estava com voc, sorrindo, feliz,
brincando. O Matheus tinha levado a me para ear. Saiu da
casa da tia para dar uma volta e, quando saiu para voltar e
tomar banho, a negligncia o matou. Voc recebe uma noticia
assim de sbito, chega no pronto socorro tem que tirar o lenol
para ver se o seu filho que est ali morto, isso muito, mas
muito, muito doido mesmo! Vocs no tm noo do que isso ai.
Olhar para o cho e nem ver mais onde est pisando. Arrancaram
da nossa famlia e jogaram fora. E eu vou ter que viver sem esse
, fizeram isso com a gente. E quem fez? A falta de orientao
no trnsito. Ento para mim, a questo no o que vo fazer com
a rua, se mudar a direo ou no, mas o problema quem vai
andar nessas ruas, desabafou o pai do jovem.
Emocionado, o
senhor Nilson durante a caminhada reforou que o preparo dos
motoristas primordial para que a violncia no trnsito
diminua. Aqui dificilmente se usa seta e, eu vim de uma cidade
onde o transito intenso (So Paulo). Aqui, se voc for ficar
prestando ateno nas atitudes dos motoristas, acaba perdendo o
seu hbito de dirigir. Acabei entendendo porque muita gente, no
s aqui, porque ei por Porto Ferreira e depois vim pra c,
acaba se envolvendo em acidente. Em So Paulo existe
fiscalizao em cada esquina, se no for bem na autoescola, no
pega habilitao.

DILOGO COM O
FILHO Segundo o pai de Matheus, ele mantinha um dilogo
dirio com o filho sobre a violncia no trnsito e, neste
sentido, ele tinha conhecimento e conscincia. Desde que pegou
a moto eu falava todo dia com ele. Acredito piamente, pelo que
pude ver no local do acidente, pelo que consta no boletim de
ocorrncia e pelo que foi dito por testemunhas, que ele no teve
culpa de nada. Ele nem viu morrer, acredito que nem teve um
segundo de chance para se defender. Isso me deixou revoltado.
Para Nilson, seu
filho, alm de consciente, era excepcional. Um jovem que no
tinha restrio, era uma pessoa aberta, tanto que o velrio e a
homenagem em forma de caminhada, contaram com uma participao
expressiva de seus amigos. Ele fez uma coisa boa nessa
partida, uniu muita gente. Ele no morreu, mudou de morada,
acrescentou.

Como mensagem a
toda a populao e principalmente aos motoristas, Nilson
finalizou: abram os olhos, tenham mais pacincia, sejam mais
prudentes e mais educados. isso que a gente espera. No porque
foi com o meu filho, mas tomem meu filho como exemplo, porque
muitos pais ainda podem perder os seus filhos. Faam daqui um
lugar bom para se viver, no um lugar triste onde os filhos saem
para ear e os pais ficam desesperados . Aos pais eu peo que
orientem seus filhos para terem a certeza de que voltaro.

AMIGOS
DESTACAM A FALTA DE MATHEUS - Willian da Silva Reducino, 18;
Beatriz Sposito, 14; Lucas Donizete Botaro, 17; Beatriz Ferreira
Dolce, 14 e Willian Gustavo Zanella, 18, estavam entre as
dezenas de pessoas que compareceram homenagem Matheus.
Amigos da
escola, do trabalho, companheiros do dia a dia, os jovens
destacaram que Matheus era um amigo, um parceiro, um
companheiro. O sorriso e a alegria eram as marcas registradas
dele. Mas tambm era safado e mulherengo, relataram.
Para eles, a
caminhada foi linda, mas faltou a alegria e a presena de
Matheus. |
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